quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ivani Fazenda

Biografia
Licenciou-se em Pedagogia pela USP, mestre em Filosofia da Educação pela PUC-SP. Doutora em Antropologia Cultura, também pela PUC-SP, livre docente em Didática pela UNESP. Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Educação-Currículo da PUC-SP; coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade (Gepi) da PUC-SP; presidente do Fórum Paulista de Pós-Graduação em Educação; membro da Academia Paulista de Educação.

"a leitura é o veículo por excelência por meio do qual o homem pode se expressar e conhecer a expressão do outro."
(p.58)

Alguns livros da autora:




Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. 11. ed.
Campinas, SP: Papirus, 2003(1994). 143 p. 
Resumo:   A história de um estudo representada por uma paixão   Ivani Fazenda inicia com uma abordagem sobre a “gostosa” familiaridade que tem com o número 13, já que esta obra é a sua 13ª produção. Em Interdisciplinaridade: história, Teoria e Pesquisa, editado pela Papirus, em 2003, na sua 11ª edição, a autora busca organizar os seus escritos e estudos desenvolvidos acerca da interdisciplinaridade, desde a década de 1970, com o intuito de corroborar com a produção de saberes novos/velhos na área da educação. Para isso utiliza-se da ousadia, da pergunta e da pesquisa interdisciplinar, movimento este acompanhado pela subjetividade e pelo olhar ambíguo que cinge o ato de pesquisar, juntamente com a sua própria história de vida. Fazenda aproveita, nesse momento, a oportunidade para envolver-se/doar-se a uma outra paixão – a de escrever. Escrita ousada, apresentada na sua primeira versão, em Portugal/1993, mas que depois de editada, tem sido utilizada por muitos. O livro estrutura-se em três aspectos: o primeiro volta-se a uma evolução histórico-crítica do conceito de interdisciplinaridade; o segundo retrata o nascimento, o desenvolvimento e a consolidação de um grupo de estudos e pesquisas sobre interdisciplinaridade e o terceiro encaminha-se a uma síntese interdisciplinar das quase 30 pesquisas já realizadas – hoje esse número já passa de 100. Fazenda pesquisa a interdisciplinaridade desde a década de 1970 e esse estudo lhe permitiu perceber a não possibilidade da construção de um único conceito de inter. Entretanto, é enfática ao aduzir sobre a necessidade de cada pesquisador desvelar-se diante de sua história para compreender-se interdisciplinar, pois há a possibilidade de encontramos no ontem a fonte organizadora do hoje. Todavia, essa busca do “conhecer-se” (Sócrates) permeia uma desordem, mas que pode vir a se transformar em uma nova ordem, a do pensamento (Descartes). Esse pensar abarca o “mim”, o “eu” e o “sou” e nos encaminha ao conhecimento. Para elucidar os estudos sobre a interdisciplinaridade, a autora organiza todo esse movimento/conhecer/pensar em três décadas. Na década de 1970, basicamente, os estudos da interdisciplinaridade se direcionaram à estruturação de conceitos, já que era uma palavra difícil de ser pronunciada e compreendida. Com o seu surgimento na Europa – França e Itália – na década de 1960, incitou a construção de uma nova concepção de ciência/conhecimento/educação. A interdisciplinaridade vem aparecer em meio ao cenário dos movimentos estudantis, para reforçar o não esfacelamento dos saberes, apoiada na “totalidade” – sua categoria mobilizadora. Desse modo, Ivani referenda Gusdorf, um dos precursores desses estudos, pois este idealizava a aproximação das ciências humanas. Fidedigna às suas origens e aos seus estudos, a autora apresenta outros importantes teóricos dessa temática, dentre eles, Japiassú (1976), responsável pela primeira produção significativa desse estudo no Brasil. Na seqüência ressalta a pesquisa por ela desenvolvida em seu mestrado (1979) e a necessidade do pesquisador alimentar-se e habitar os conceitos no processo de pesquisa, para evitar o entendimento errôneo, “[...] próprio daqueles que se aventuram ao novo sem reflexão”. Nesse sentido, os estudos sobre a interdisciplinaridade no Brasil na década de 1970, tiveram repercussões acerca do “modismo” e do “avanço da reflexão”. Na década de 1980, os esforços empreendidos concentraram-se na organização de um quadro conceitual, analisado e construído, com base no vivido, pois se constatou que um quadro teórico interdisciplinar “pronto”, pouco contribuía/contribui para o transcender das práticas e das pesquisas em educação. Dessa forma, encentra pressupostos sociais e metodológicos, na tentativa de explicitar o “teórico”, o “abstrato”, o “prático” e o “real”. Nesse período, “Interdisciplinaridade e Ciências Humanas” (1983), assumiu o papel do mais célebre documento sobre essas discussões, elaborado por uma constelação de autores. Esse documento analisa os “pontos de encontro” e de “cooperação” das disciplinas Naturais e Humanas, e revela a não existência de uma única corrente filosófica capaz de abordar o conhecimento em sua totalidade. Com isso, a “dicotomia” se fez presente e premissa na investigação interdisciplinar e inseriu um olhar ambíguo e inquiridor, em relação à Ciência e ao professor/pesquisador. Aparece assim, a força do registro sobre as práticas vividas para lidar com o ambíguo processo existente entre teoria/prática. A década de 1990 teve como característica a busca pela construção de uma teoria da interdisciplinaridade, o que provocou um revisitar ao já estudado/estabelecido, e uma relação de “contradição”. Contradição, porque as práticas intuitivas têm proliferado; porém, vazias de reflexão. Todavia, Fazenda menciona o “Núcleo de Estudos e Pesquisas” por ela coordenado, na PUC/SP, hoje “Grupo de Estudos e Pesquisas da Interdisciplinaridade” – GEPI, como um dos caminhos que permite o desvelar dos seres/pesquisadores em seus mais variados aspectos, através do grupo/coletivo/parceria, ao abstrair e acrescer às práticas intuitivas, fundamentos teóricos e metodológicos que as subsidiem; ações estas, altamente reflexivas. Nota-se, novamente, a presença da ambigüidade na interdisciplinaridade, na busca de um projeto antropológico de educação. A construção interdisciplinar a partir da relação professor/aluno é o texto que a professora Ivani elaborou para o seu ingresso no concurso de livre-docência. Utiliza-se do termo “iceberg” para clarear a estruturação de sua escrita, que se processa em três momentos: elementos conceituais (teoria); elementos da realidade (prática) e a exploração de possibilidades (perspectivas). A autora conduz os seus leitores à reflexão com base nos conceitos apresentados, bem como através dos questionamentos realizados e encanta-nos com as benécies e os vislumbramentos das possibilidades. A construção da comunicação fundamentada no diálogo é um ensaio em que ela explicita a “comunicação” como uma das categorias mestras da interdisciplinaridade. Para isso o divide em “Palavra-mundo”, “Palavra-encontro”, “Palavra-ação” e “Palavra-valor”. Em palavra-mundo aborda a necessidade da linguagem – oral e escrita – para que a palavra se profetize e possa contribuir com a formação de um mundo cada vez mais humano, pois “a palavra capta, conhece, interfere e transcende a consciência do homem em sua busca do mundo”. Na palavra-encontro reflete sobre a força da palavra e da vida dos outros em nossa vida - a comunicação. Essa nos permite externar/interiorizar a consciência adquirida sobre o mundo e dele recebida, a partir do encontro e do diálogo. Palavra-ação retrata os sentidos de uma palavra em diferentes contextos, ou seja, a mudança que ela adquire quando pensamos/lemos/escrevemos. Fazenda alinha o seu texto com o potencial criador das palavras e a mutatividade que circunda os leitores quando se propõem a fazê-lo, pois nenhum leitor lê como outro; nem ele mesmo lê de igual modo numa outra tentativa. A beleza disso tudo, é que os textos, mesmo sendo velhos, tornam-se novos e formam leitores novos a cada página lida, contemplada. Em palavra-valor, revela a notoriedade desta em nossa vida e sociedade, apresentando-a como condição para ser. Ser em sua inteireza ambígua, de diferentes maneiras em momentos diversos, para dela se apropriar e humanar-se sempre. A construção de um método fundamentado na ação é um texto que foi apresentado na 17ª reunião da Anped, em Caxambu, 1994. Nessa produção, a sala de aula é apontada como o espaço onde a interdisciplinaridade habita e onde ela vivifica as relações de aprendizagem estabelecidas durante o processo de pesquisa. A sala de aula interdisciplinar é vista como um espaço evolutivo/reflexivo/histórico que engendra movimento, e apesar de surgir na coletividade, é singular para cada sujeito que dela se propõe a participar. No contexto e na atitude interdisciplinar, aparecem as perguntas que servirão de diretrizes às pesquisas, o que requer, por sua vez, uma metodologia condizente. Essa metodologia implica um olhar mais aprimorado em relação ao conhecimento, um olhar desejoso, liberto, inovador, transcendente; um olhar potencializado a partir da atitude interdisciplinar. A construção da didática a partir da prática dos professores é um texto lapidado e encantador, revelador da força da prática no processo de formação dos professores. Ele é apresentado em três momentos; o primeiro diz respeito ao papel do autoconhecimento nas práticas individuais; o segundo à natureza social das práticas e o terceiro à necessidade de uma ação conjunta, integrada e interdisciplinar. Nessas condições, é preciso que os homens/seres em transformação reconheçam a prática adquirida, historicizando-a, além de perceber a importância do “outro” nesse caminhar. Fazenda relata a experiência vivida com um grupo de alunos do curso de Pedagogia da PUC/SP que pretendia aprofundar os seus conhecimentos sobre a didática na prática da pré-escola, e que percebeu que a riqueza maior estava em sua própria ação, sem tirar aqui o mérito da teoria para a realização dessa pesquisa. Ali estava a “chave” que atribuiria sentido ao estudo e à análise perante cada fato novo encontrado, lembrado e descrito/refletido. Com isso, esse grupo de dez alunos percebeu no coletivo, a presença da singularidade de cada um, pois houve uma “mostragem”, o que permitiu a compreensão de “[...] que a natureza das práticas individuais é sempre social”. A consciência e os reais motivos dessas ações se revelaram. Posteriormente, essas reflexões foram compiladas em livro, intitulado Tá pronto, seu lobo? Didática/prática na pré-escola. A professora Ivani também menciona uma outra coletânea, por ela organizada, Encontros e desencontros da didática e da prática de ensino, em que, a partir dos textos nela contidos, revela o modo de ser de seus autores parceiros. Com isso, fica claro que a prática de cada um é “única e intransferível”, já que o nosso processo de formação acerca do ser professor também é uno. Portanto, perceber-se interdisciplinar é fundamental para quem busca a totalidade e a boniteza que cinge os atos de aprender e de ensinar. A construção de fundamentos a partir de uma prática docente interdisciplinar é um texto adaptado com base no artigo publicado na Revista Ande, em 1993. Nessa produção, a autora retira de sua tese de livre-docência – Interdisciplinaridade: um projeto em parceria, seis fundamentos para abordar a interdisciplinaridade. São eles: a atitude interdisciplinar, a memória (registrada e vivida), a parceria, o perfil de uma sala de aula, aspectos que alicerçam um projeto/pesquisa e bases de um projeto interdisciplinar. É um texto espetacular, inflado de desejo por quem habita essa temática em sua inteireza, em sua profundidade, feita com tamanha humildade e sabedoria que ouso chamar de “presente” aos leitores. A construção de uma alfabetização interdisciplinar – Ensaio foi redigido em 1984, para uma conferência em educação. Aqui Fazenda destaca que pensar a alfabetização na perspectiva da interdisciplinaridade, requer um refletir acerca das pretensões ideológicas e reais que coabitam esse processo. Além disso, assinala a importância da análise reflexiva sobre a prática de alfabetização vivida para, posteriormente, tornar-se interdisciplinar. Nesse momento, a pergunta é essencial e a parceria com os teóricos faz-se necessária, bem como o comprometimento e a responsabilidade que a profissão imprime. Nesse sentido, a formação do professor alfabetizador também carece de novos olhares; olhares que lhe permitam vislumbrar outras possibilidades e experienciar outras formas de lidar com a questão do conhecimento, pois esse carrega as amarras de uma formação tradicional, que muitas vezes o impede de envolver-se na profissão. A alfabetização interdisciplinar não se finda, pois a comunicação que envolve a aprendizagem está sempre presente, é uma constante, é benevolente para quem dela se utiliza. A construção de um projeto fundamentado na pesquisa é outro texto primoroso. Revela o caminho percorrido durante oito anos de pesquisa por Fazenda. Um projeto que esteve/está sempre vivo e que sofria/sofre inferências de todos os sujeitos que dele fizeram/fazem parte. A interdisciplinaridade impele a esse movimento, a essa comunicação entre os que a pesquisam. Uma pesquisa que precisou/precisa também ser apreendida e lapidada, abrilhantada pelos “teóricos luzes” que balizaram/balizam seus estudos. Estudos esses, sempre singulares, porém com características semelhantes para quem investiga interdisciplinarmente. A “pergunta-mãe” de cada projeto descrito por Fazenda suscita a humildade da busca, o envolvimento profundo com os teóricos e uma relação de parceria com os pares, também pesquisadores interdisciplinares. Um encontro ousado, inicialmente caótico, mas que surge como especial e com o desejo de muitos quererem experimentá-lo. O reconhecimento de uma pesquisadora, com todos os seus teóricos – sempre respeitados e revisitados, bem como todos os seus pares – colegas/professores e orientandos se processa. Eis a representação da vida no processo de formação e de pesquisa interdisciplinar. A construção de uma pesquisa de múltiplas temáticas traz o movimento de quase trinta pesquisas orientadas por Fazenda, relidas e namoradas uma a uma, na busca por encontrar nelas a essência de cada investigação, com todas as suas nuances. Esse processo exigiu uma organização múltipla (tópicos e abordagens, níveis de ensino, exercício do pesquisador em sala de aula ou como coordenador de projetos de ensino...), o que demonstra que cada pesquisador é singular e que segue um caminho que é apenas seu. Porém, não se “faz” sozinho, mas com os outros. Nessa produção, a autora fala das pesquisas como amiga, orientadora, investigadora, formadora e inquiridora, a partir dos estudos analisados de seus orientandos/as, com as metáforas que os acompanharam durante o processo e que reluzem a investigação. Desse modo, através da interdisciplinaridade, insere-se na Academia a forma não convencional a qual estava acostumada para fazer pesquisa, todavia, mantém a cientificidade que ela impõe. A construção da pesquisa a partir da identidade do pesquisador é a obra encarregada de finalizar esse estudo. Nesse momento, a autora referenda, de modo breve, os trabalhos por ela orientados – mestrado e doutorado – no período de 1989 a 1992. Com isso, deixa novamente a marca de uma pesquisadora que se forma e se renova a cada novo desafio, a cada nova pergunta que os seus orientando/as – também sempre novos – ousam lançar no mundo da Academia, na tentativa de formarem-se e compreenderem-se como seres/profissionais sempre apreendentes. Nessa obra, Ivani Catarina Arantes Fazenda “se mostra” e mostra-nos as benécies da pesquisa interdisciplinar após longos anos de investigação. Historiciza o já vivido e projeta muitas das ações que ainda estão por viver. Como pesquisador, encontrei em Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa todos esses momentos. História quando nos apresenta um apanhado sintético, porém profundamente analisado sobre as pesquisas dessa temática nas décadas de 1970, 1980 e 1990 por ela realizada, juntamente com a parceria dos teóricos e de seus pares, também autores. Teoria, quando referenda os fundamentos de uma pesquisa/prática/sala de aula/atitude interdisciplinar, deixa-nos completamente envolvidos quando notamos que toda essa teoria emergiu de uma prática vivenciada em sua totalidade, ao relatar a importância da pergunta, do grupo e do respeito à unicidade de cada pesquisador e de cada projeto – um movimento de pura humildade, parceiro. Na verdade, a pesquisa é inerente à interdisciplinaridade, utilizada para revelar possibilidades novas, a partir das velhas, mas que olhadas sob outros prismas, vivificam-se, pois os espaços e o tempo são sempre diferentes; como, díspares também somos, o que nos permite olhar o “ontem” através do “hoje”. Fazenda deixa marcado nessa produção uma paixão que, como pudemos sentir e encontrar em cada página, está muito viva em seu ser de professora/pesquisadora. Uma paixão que tem ainda muita força para “enamorar” muitos e com eles compartilhar práticas, estudos... pesquisas; uma paixão que tem o poder de se renovar a cada leitura, a cada nova escrita, com a força apoteótica de ser una, mesmo sendo lida por muitos – a escrita. Portanto, professora, escreva sempre e continue a nos brindar com a sua sensibilidade, humildade e parceria.

Escola
A sala de aula é um espaço onde acontece a interdisciplinaridade e são estabelecidas as relações de aprendizagem; Vista como espaço evolutivo/ reflexivo/histórico que engrena o movimento.
A interdisciplinaridade surge na coletividade, mas é singular para cada sujeito que participa dele.

Ensino
Processo de formação dos professores:
Papel do autoconhecimento nas práticas individuais;
Natureza social das práticas;

Necessidade de uma ação conjunta, integrada e interdisciplinar.
Perfil do professor:
Gosto pelo conhecimento;
Comprometimento com seus alunos;
Marca da solidão e da resistência;
Trabalhar muito e ter muito empenho pessoal.
Para a autora: "Competência, envolvimento, compromisso marcam o itinerário desse profissional que luta por uma educação melhor, afirmando-a diariamente." (p.49)

Aprendizagem
Possibilidade de novos olhares que permitam outras experiências em lidar com a questão do conhecimento, que ainda carrega traços de uma formação tradicional.
Importância da pesquisa interdisciplinar.
Comunicação – uma das categorias mestras da interdisciplinaridade:
- Necessidade da linguagem – oral e escrita;
- A leitura permite relações com o mundo subjetivo: Perguntar e duvidar.


Componentes da Equipe:

Ana Cláudia Bispo de Jesus

 Elaine Tourinho
 Flávia Cavalcante
 Juliana Vilela



domingo, 2 de dezembro de 2012

Philippe Perrenoud



Biografia e contexto Histórico: Philippe Perrenoud.

                                                    http://educarparacrescer.abril.com.br/imagens/aprendizagem/phillipe-perrenoud.jpg

BiografiaPhilippe Perrenoud, 60 anos, é doutor em sociologia e antropologia e professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra. Estudioso da evasão e das desigualdades na escola e especialista em práticas pedagógicas em instituições de ensino, é diretor do Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na Formação e na Educação (Life), também de Genebra. Escreveu 10 Novas Competências para Ensinar (Ed. Artmed); Ensinar: Agir na Urgência, Decidir na Incerteza, (Ed. Artmed) entre outros.

O que ele diz: relaciona num de seus livros as dez novas competências para ensinar. Também fala sobre avaliação, pedagogia diferenciada e formação 

Um alerta: as dez competências não contemplam todas as relações que se estabelecem em sala de aula. Por isso, nunca deixe de lado sua sensibilidade e afetividade. 

O sociólogo suíço Philippe Perrenoud é um dos novos autores mais lidos no Brasil. Com nove títulos publicados em português, vendeu nos últimos três anos mais de 80 mil exemplares. O principal motivo do sucesso é o fato de ele discorrer, de forma clara e explicativa, sobre temas complexos e atuais, como formação, avaliação, pedagogia diferenciada e, principalmente, o desenvolvimento de competências.

Esse é um dos pontos mais reconhecidos de seu trabalho. “Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar uma série de situações”, explica ele. “Localizar-se numa cidade desconhecida, por exemplo, mobiliza as capacidades de ler um mapa, pedir informações; mais os saberes de referências geográficas e de escala.” A descrição de cada competência, diz , deve partir da análise de situações específicas. 
A abordagem por competência também é utilizada quando Perrenoud fixa objetivos na formação profissional. No livro 10 Novas Competências para Ensinar, ele relaciona o que é imprescindível saber para ensinar bem numa sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível, abaixo segue as 10 competências para ensinar:


1- Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 

2- Administrar a progressão das aprendizagens; 

3- Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 

4- Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 

5- Trabalhar em equipe; 

6- Participar da administração escolar; 

7- Informar e envolver os pais; 

8- Utilizar novas tecnologias; 

9- Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 

10- Administrar a própria formação.

“Ele trouxe definitivamente à berlinda a discussão do profissionalismo”, ressalta Suzana Moreira, coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida, responsável por cursos de capacitação nas redes pública e particular. Nesse trabalho, ela incentiva a postura reflexiva destacada por Perrenoud. Numa primeira etapa, Suzana assiste a algumas aulas. Em seguida, conversa com o professor e faz com que ele questione a própria atuação. “Só depois de uma reflexão sobre erros e acertos, eu passo os referenciais teóricos. Todos têm o direito de errar para evoluir.” 
Perrenoud auxilia nessa tarefa ao levantar as grandes dificuldades encontradas por quem assume uma sala de aula. Quando escreveu sobre a comunicação entre aluno e professor, por exemplo, ele fez um levantamento para saber o que o segundo anotava nos cadernos e boletins dos primeiros. Pediu também, nas entrevistas com os colegas, uma lista de observações sobre o que se perde quando a comunicação em classe não funciona. Ao combinar essas informações, chegou a 11 dilemas sobre o assunto, como “Deixar falar ou fazer ficar quieto?” e “Como fazer justiça, sem interferir nas regras do jogo social?” “Embora não aponte a solução, ele tem o mérito de identificar os problemas”, afirma Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.                                                                                                  

O Conceito de Escola X Ensino e Aprendizagem


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Suas ideias pioneiras e vanguardistas sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos hoje são consideradas fonte essencial para pesquisadores em educação e assessores em politicas educacionais, estando na base, inclusive, dos novos parâmetros Curriculares Nacionais e do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), estabelecidos pelo ministério da Educação do Brasil (MEC) a partir da década de 90.
 O principal motivo do sucesso de Perrenoud no meio acadêmico, é o fato de discorrer de forma clara e explicativa sobre temas complexos e atuais, como formação, avaliação, pedagogia diferenciada e principalmente o desenvolvimento de competências.
“Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informação, etc.) para solucionar uma série de situações”, explica o autor.
Numa abordagem, o autor também fixa objetivos na formação profissional.
No livro as 10 novas competências para ensinar, ele relaciona o que é imprescindível saber para ensinar bem numa sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível.
Na obra Perrenoud destaca que o ofício de professor deve consagrar temas como a prática educativa, a profissionalização docente, o trabalho e equipe, projetos, autonomia e responsabilidades crescentes, pedagogia diferenciadas, e propostas concretas. Segundo ele, o professor deve dominar saberes a serem ensinados, deve ser capaz de dar aulas, de administrar uma turma e de avaliar. Ressalta a relevância das novas competências devido às transformações sociais existentes.
Há ênfase da importância do uso das tecnologias como ferramenta de trabalho e põe o professor como mediador intelectual ativo da cultura, dos valores e do saber em transformação.
Salienta que o Currículo deve ser orientado para se designar competências, as capacidades, informações, etc. para enfrentar, solucionar uma série de situações. Dez domínios de competências reconhecidas como ferramentas na formação contínua de educadores do ensino fundamental.

AS 10 NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR


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O ofício do educador vem se transformando nas ultimas décadas. o trabalho com projetos e em equipe, pedagogias diferenciadas, centralizadas a relação com o saber, a valorização da autonomia e responsabilidades crescentes, delineiam em roteiro para cada oficio. O livro privilegia as praticas inovadoras emergentes, aquelas que orientam as formações iniciais e contínuas, contribuições significativas contra o fracasso escolar, que envolvem a cidadania, recorrem à pesquisa e enfatizam a prática reflexiva.
As dez práticas abordadas por Perrenoud (2000) em sua obra são as seguintes: 1) Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 2) Administrar as progressões da aprendizagem; 3) Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4) Evoluir os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 5) Trabalhar em equipe; 6) Participar da administração da escola; 7) Informar e envolver os pais; 8) Utilizar novas tecnologias; 9) Enfrentar os deveres e dilema éticos da profissão; 10) Administrar sua própria formação continua.
O professor deve estar ciente de que não basta somente conhecer e ter domínio nas matérias que leciona e sim ter domínio das competências. Algumas formas, embora ainda mantidas por diversos profissionais, de lecionar estão ultrapassadas e não garantem eficácia no processo ensino- aprendizagem.
O livro em suas linhas deixa claro que o ensino é uma evolução e nem todos estão dispostos a seguir as competências abordadas na obra.
Muitos por medo e preguiça de inovar, outros por achar eficazes os seus métodos ultrapassados e que, portanto, não necessitam de novas competências para ensinar.
Tais competências deveriam entrar na formação dos professores, para que desde cedo eles pudessem adquirir uma visão reflexiva sobre os assuntos relacionados ao ensino. Se apropriar da forma como se leciona, os erros e acertos em sala de aula e as intervenções que podem ser feitas no sentido de aprimorar a qualidade do ensino e o seu desenvolvimento profissional.
A obra estimula o bom entendimento entre aluno e professor, aborda a importância do dialogo na resolução dos problemas cotidianos.
"Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para solucionar uma série de situações", diz Perrenoud.
A escola é um local que deve trazer e propor atividades de desafios aos educandos. Para o autor, a competência é uma faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos que levam o aluno a solucionar com pertinência e eficiência uma série de situações, sendo a escola o principal agente na aquisição e formação dessa competência.  .  O ensino deve ser preparar o aluno para utilizar esses recursos na sua vivência escolar, profissional, social. Cabe ao professor qualificar e aprimorar o aluno para atingir esse objetivo.
Para Perrenoud, o sentido ou significado da “Escola do Futuro” envolve uma relação entre investimentos e resultados. A pedagogia deve ser eficaz que ajude o aluno a não se desestimular ao ver que o seu progresso tem pouca relação com o tamanho dos esforços empenhados.  Esse sentido tem, também, relação com o saber, com o projeto de vida; com a utilidade de esse saber para a vida (sua necessidade).
As tecnologias, atividades de raciocínio, podem ajudar o aluno a entender melhor a utilização (representação) desses conhecimentos na solução dos problemas (práticas) sociais e a perceber, assim, que esses conhecimentos e competências são necessários para sua vida, dentro e fora do ambiente escolar.
Com isso, as tecnologias podem desempenhar papel colaborativo de forma que o mundo virtual pode contribuir para que o aluno tenha noção das representações práticas sociais e é a partir de então que o papel de mediador do professor é essencial para seguir as pistas traçadas por essa nova pedagogia e pelas pesquisas entre saber e a construção do sentido. Ensinar hoje, de acordo com os princípios pedagógicos construtivistas1, deveria ter por objetivo conceber, encaixar e regular situação de aprendizagem. A aprendizagem deve respeitar os conhecimentos pré-existentes do aluno, a escola deve unificar e regular o aprendizado, devendo ser o agente formador da competência cognitiva, pois a aprendizagem vai além da escola, surge de práticas pedagógicas. O veiculo utilizado pela escola é o ensino, que deve ser sólido e bem alicerçado.
O autor traz um modelo de educação que se baseia em ciclos de avaliação de três anos, onde a criança tem esse tempo para desenvolver suas habilidades, sendo esse o tempo necessário para que ela atinja um grau de maturidade e desenvolvimento, formando, assim, o processo de aprendizagem. A repetição de ciclos não é solução para as desigualdades. Estudos mostram que o atraso escolar não provoca a nivelação dos alunos, mas os deixa estigmatizados, continuam as dificuldades e são menores as chances no momento das decisões de orientação, sendo assim, não existem benefícios positivos para o aluno no alongamento de sua passagem por um ciclo. Defende, sim, uma diferenciação na qualidade dos tratamentos pedagógico e didático, ou seja, a verdadeira “discriminação positiva”: oferecer, aos com mais dificuldade, mais inteligência profissional, mais atenção, mais disponibilidade, sendo uma forma de justiça social; a cada um segundo suas necessidades. Sem descuidar dos bons alunos;  dar priorizar aos fracos e médios.  Assim, a escola deve seguir o princípio  de urgência, ou seja,  priorizar aqueles que mais precisam de sua atenção. Para Perrenoud, é através de tarefas complexas que faz os alunos sentir a necessidade de pensar, mobilizar seus conhecimentos, e complementá-los na tarefa de solucionar problemáticas, projetos e tarefas desafiadoras. Surgindo, assim, a necessidade do desafio no cotidiano escolar. Os projetos escolares devem ser provocadores, recursos com os quais os alunos ampliem, completem e pratiquem o aprendizado em sala de aula.
Os ciclos de aprendizagem plurianuais estão sendo discutidos em vários sistemas educacionais do mundo.
Têm as seguintes ideias base: Substituir as etapas anuais de progressão por no mínimo dois anos (ou três ou quatro anos); fixar os objetivos de aprendizagem para cada ciclo e capacitar os profissionais da educação para orientar e facilitar os percursos de formação (aprendizagem) das crianças (como já é feito durante o ano letivo). Segundo o autor, esse é o caminho para transformar a escola em um ambiente mais justo e eficaz.
Para o autor, os ciclos não resolvem todos os problemas da escolarização, nem dos professores, nem, tampouco, os de infraestrutura. Mas, em regiões em que os alunos são escolarizados em boas condições, os ciclos oferecem uma organização diferenciada o que facilita  à luta contra o fracasso escolar ao  criar melhores condições, espaços e tempos de formação que favoreçam o uso de uma pedagogia diferenciada, uma individualização de recursos e um ensino estratégico.
Em seu livro, as 10 competências para ensinar, Perrenoud, 2000, os alunos estão classificados em baixo, médio e alto grau de aprendizagem. Para que o ensino chegue a todos os alunos, cabe ao professor ser criativo e elaborar tarefas que atinjam, principalmente, aqueles com mais dificuldade de aprendizado, dando a estes mais oportunidades de atingirem níveis mais elevados de conhecimento. Philippe (2000, p.33) salienta:
Salvo para alguns, aprender exige tempo, esforços, emoções dolorosas: angústias do fracasso, frustração por não conseguir aprender, sentimento de chegar aos limites, medo do julgamento de terceiros. Para consentir em tal investimento, e, portanto, tomar a decisão de aprender e conservá-la, é preciso uma boa razão. O prazer de aprender é uma delas, o desejo de saber é outra.
A estratégia do professor pode desenvolver-se de duas formas, a primeira criar, intensificar e diversificar o desejo de aprender e favorecer ou reforçar a decisão de aprender.
A avaliação vista como competência, cabe à escola pensar na educação a partir de uma perspectiva de base democrática não se restringindo apenas à relação igualitária, mas pensar também na relação entre os membros da comunidade escolar. Pode-se destacar que os objetivos da avaliação são regulares a autonomia dos alunos bem como identificar as dificuldades destes no momento de se colocar em prática os processos pedagógicos. O professor deve estar comprometido ao ato de ensinar, transformando o aprendizado em algo agradável. Mesmo os professores com os salários baixos os mesmos não devem demostrar isso aos alunos, até porque eles não tem culpa, podem acabar se desinteressando pelo estudo, tornando assim o aprendizado mais difícil.

OBRAS E PUBLICAÇÕES

Perrenoud, Ph. (1999). Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre :Artmed Editora (trad. en portugais de Construire des compétences dès l'école. Paris : ESF, 1997, 2e éd. 1998).


http://www.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=206195014_9557.jpg&v=P&sll=223546
 



Perrenoud, Ph. (1999). Avaliação. Da Excelência à Regulação das Aprendizagens. Porto Alegre : Artmed Editora (trad. en portugais de L'évaluation des élèves. De la fabrication de l'excellence à la régulation des apprentissages. Bruxelles : De Boeck, 1998).

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Perrenoud, Ph. (2004). Os ciclos de aprendizagem. Um caminho para combater o fracasso escolar. Porto Alegre : Artmed Editora (trad. en portugais de Les cycles d'apprentissage. Une autre organisation du travail pour combattre l'échec scolaire. Sainte-Foy : Presses de l'Université du Québec, 2002).

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Perrenoud, Ph. (1999). Pedagogia Diferenciada. Das Intenções à Ação. Porto Alegre : Artmed Editora (trad. en portugais de Pédagogie différenciée : des intentions à l'action. Paris : ESF, 1997)


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Perrenoud, Ph., Gather Thurler, M., De Macedo, L., Machado, N.J. e Allessandrini, C.D. (2002). As Competências para Ensinar no Século XXI. A Formação dos Professores e o Désafio da Avaliação. Porto Alegre : Artmed Editora.



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Perrenoud, Ph. (2004). Escola e Cidadania. O papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre : Artmed Editora (trad. en portugais de L'École est-elle encore le creuset de la démocratie ? Lyon : Chronique Sociale, 2003).

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Perrenoud, Ph. (1999). Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre :Artmed Editora (trad. en portugais de Construire des compétences dès l'école. Paris : ESF, 1997, 2e éd. 1998).

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Perrenoud, Ph. (2002). A Prática Reflexiva no Ofício de Professor : Profissionalização e razão pedagógicas. Porto Alegre : Artmed Editora (trad. en portugais de Développer la pratique réflexive dans le métier d'enseignant. Professionnalisation et raison pédagogique. Paris : ESF, 2001).


 
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Referências Bibliográficas :

E. Educacional. Entrevistas: O pensador de ciclos. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0108.asp> Acesso em 23 abril 2012.

Folha On Line. Colunistas: Philippe Perrenoud: O futuro da escola nos pertence. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u511.shtml> Acesso em 23 abril 2012.

InfoEscola - Navegando e Aprendendo. Biografias: Philippe Perrenoud. Disponível em: <Infohttp://www.infoescola.com/biografias/philippe-perrenoud/> Acesso em 25 abril 2012.

LIBÂNEO, José Carlos. Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem. Disponível em <http://autoresdoensino.blogspot.com.br/2011/12/philippe-perrenoud.html> Acesso em 02 maio 2012.

PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2000. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/47434267/Philippe-Perrenoud-10-Novas-Competencias-Para-Ensinar> Acesso em 30 abril 2012.
Revista Nova escola: disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/entrevista-philippe-perrenoud-democratizacao-ensino-534507.shtml

Entrevista com Fhilippe Perrenoud



Equipe:

Andréa Santana        
Edilma Barbosa
Fabiane Santana
Patrícia Castro
Silvia Ferreira