sábado, 1 de dezembro de 2012

“Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem”.

 
 “Concepções de Escola, Ensino e Aprendizagem”.
Objetivamos nesta atividade discorrer acerca de alguns elementos que contribuem, de forma significativa, para a escola, o ensino e para a aprendizagem, à luz das perspectivas do doutor em Filosofia e História de Educação José Carlos Libâneo, em seu livro Pedagogia e Pedagogos, Para quê?


Em suas considerações, o historiador Libâneo mostra o descompasso entre o Brasil e outros países mais desenvolvidos, em relação a economia e a cultura de suas sociedades. Considerado a globalização, que forçou o Brasil a ser inserido na economia mundial, as disparidades sociais se agravaram, atingindo, em cheio o sistema educacional. Mas é necessário enfrentar os desafios da injustiça social, principalmente na questão da oferta de um sistema educação público, de qualidade. O Pais não pode crescer sem reformular e qualificar a escolarização básica.
Urge as reformas nesse sentido! .
1. A Escola
Para Libâneo a Escola é o sistema responsável pela formação do individuo, que sob a orientação do professor, aprende e apreende a produzir seus próprios conhecimentos, saberes e valores. Para ele a escola é o instrumento vital para o desenvolvimento da infância possibilitando à criança a produção da capacidade criativa baseada na razão critica e autônoma.
Isto é, indivíduos capazes de serem interlocutores competentes de expressar suas idéias, desejos e vontades, de forma clara, incluído a perspectiva do outro (nível de informações, intenções) e a capacidade de dialogar. A escola deve receber a infância para assim fazê-la crescer torna-se cidadão suscitando o seu desenvolvimento.
Segundo Mazzota (2002), alunos e escolas são assim identificados por seus papéis sociais e não, propriamente, por sua configuração individual separada ou isolada de uma contextualização social e cultural. Enquanto papéis sociais e atores culturais, em suas relações recíprocas surgem necessidades e respostas condicionadas pelo contorno dinâmico e atuante de seu meio ambiente. Esta faceta, que parece óbvia, tem sido reiteradamente ignorada nas discussões e encaminhamentos desse tema, particularmente no que se refere a educandos portadores de deficiências e que apresentem necessidades especiais. Alunos e escolas são adjetivados de comuns ou especiais e em referência a uns e outras são definidas necessidades comuns ou especiais a partir de critérios arbitrariamente construídos por abstração, atendendo, muitas vezes, a deleites pessoais de “experts” ou até mesmo de espertos. Alertemo-nos, também, para os grandes equívocos que cometemos quando generalizamos nosso entendimento sobre uma situação particular”.(MAZZOTTA, 2002, p.3)1
A escola precisa de especialista, para que assim possa desempenhar melhor o seu papel (transmitir conhecimento, formar e promover exercício de cidadania) na preparação social e na formação ética, sendo assim a escola se torna o campo de ação pedagógica e o campo de atividades educativas e extra - escolar.
No campo da ação pedagógica escolar distinguem - se três tipos de atividades: 1. a de professores do ensino públicos e privados.; 2 - a de especialista das ações educativas escolar e 3 - Especialistas em atividades pedagógicas.
È grande a necessidade de um especialista na área escolar, devido a o grande crescimento de escolas públicas e privadas, sendo assim os problemas os modos de atuação são necessariamente da mesma natureza, ainda sim que todos da mesma modalidade pedagógica. Assim a atuação do pedagogo escolar é importante para o aprimoramento e desempenho em sala de aula podendo assim desenvolver (conteúdos, métodos, técnicas e formas de organização de classe).
Desta forma, as habilitações (administração escolar, supervisão escolar, orientação educacional, inspeção escolar) implantadas no Curso de Pedagogia vieram preencher funções ideológicas e técnicas justificadas pela “melhor formação”deste profissional para o mercado de trabalho (escola), bem como pela conseqüente melhoria da qualidade de ensino (Sá, 1997:13).
O fato e que a escola precisa de profissionais capazes de exercer sua função essa é uma das exigências dos sistemas de ensino tendo em vista assim poder melhorar a qualidade de ensino na escola.
Alguns educadores hoje se encontram divididos diante da realidade nacional e mundial, pois para os educadores, não é simples dizer o que caracteriza a pedagogia escolar crítico social. Essas considerações do tópico anterior estabelecem questões importantes para a educação escolar.
A escola precisa reciclar–se para assumir seu papel no contexto como agente de mudanças, geradora de conhecimento, e formadora de sujeito.
Segundo Paro, O sistema público de ensino federal e municipal mostra um descaso com as questões escolar. Também há degradação das atividades profissionais do educador escolar.
Os educadores saberão confrontar as críticas pós modernas para viabilizar a produção de um ensino de qualidade, mostrando para o educando que o professor tem domínio do conteúdo ministrado em sala de aula, passando assim a ser valorizado pela a transmissão de conhecimento. A escola do futuro e quando o professor tem um domínio de uma escola voltada para o pleno desenvolvimento do educando valoriza a transmissão de conhecimento, mas também enfatiza outros aspectos: as formas de convivência entre as pessoas, o respeito às diferenças, a cultura escolar. (Progestão 2001, p.45). Contudo, assim é possível ao pedagogo acreditar que a escola é o lugar de desenvolvimento, saberes, ensino, e de diferentes culturas.
A escola tem a função de ensinar e transmitir conhecimentos, mais a escola e parte essencial na formação dos cidadãos, e o local onde devemos valorizar, pois e neste local que devemos expressar nossas idéias, tirar nossas dúvidas, e acima de tudo buscar conhecimento, mais para que tudo isso aconteça é preciso que o pedagogo esteja preparado e tenham conhecimento em seu conteúdo ministrado em sala de aula, assim a escola assume o seu papel de ajudar no desenvolvimento intelectual da criança fazendo assim com que ela se desenvolva para a sociedade. Por isso a escola deve continuar investindo no aluno para que assim ele possa ter uma formação justa e social.
2. O Ensino:
Ver a escola como “espaço de síntese” é considerá-la como lugar onde os alunos aprendem a razão crítica de como atribuir significados às mensagens e informações recebidas das mídias e formas de intervenção educativa. Sendo assim, a escola é fundamental para os alunos no desenvolvimento da qualidade de pensar, de habilidades e estratégias de pensamento autônomo, crítico e criativo. É preciso que os sistemas de ensino prestem mais atenção à qualidade cognitiva das aprendizagens, colocando essa exigência como foco central da gestão escolar e do projeto pedagógico.
Segundo Libâneo a idéia de conceber o curso de Pedagogia como formação de professores, a Pedagogia se ocupa, de fato, com a formação escolar de crianças, com processos educativos, métodos, maneiras de ensinar, mas, antes disso, ela tem um significado bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação educativa.
Um dos fenômenos mais significativos dos processos sociais contemporâneos é a ampliação do conceito de educação e a diversificação das atividades educativas, levando, a uma diversificação da ação pedagógica na sociedade. Em várias práticas sociais mediante as modalidades de educação informais, não-formais e formais, amplia-se a produção e saberes e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades e hábitos), de acordo com as práticas pedagógicas, o aluno enquanto sujeito do processo de socialização e aprendizagem, os agentes de formação (inclusive a escola e o professor), as situações concretas em que se dão os processos formativos (inclusive o ensino), o saber como objeto de transmissão/assimilação, o contexto socioinstitucional das instituições (inclusive as escolas e salas de aula), o objetivo do pedagógico se configura na relação entre os elementos da prática educativa: o sujeito que se educa, o educador, o saber e os contextos em que ocorrem.
Dentro do projeto pedagógico, as atividades para o ensino tais como: redatores de jornais e revistas, comunicadores sociais e apresentadores de programas de rádio e TV, criadores de programas de TV, de vídeos educativos, de jogos e brinquedos, elaboradores de guias urbanos e turísticos, mapas, folhetos informativos, agentes de difusão cultural e científica etc. pois como afirma Libâneo, “precisa reafirmar seu compromisso com a razão, com a busca da emancipação, da autonomia, da liberdade (...) uma pedagogia para emancipação precisa continuar apostando na possibilidade do desenvolvimento de uma razão crítica precisamente como condição para desvelar as restrições à autonomia no contexto do mundo moderno. È preciso que os sistemas de ensino e as escolas prestem mais atenção à qualidade cognitiva das aprendizagens, colocando essa exigência como foco central da gestão escolar e do projeto pedagógico. Não adianta defender a gestão democrática das escolas, eleições para diretor, aquisição de novas tecnologias etc. A democratização da sociedade e a inserção dos alunos no mundo da produção supõem um ensino fundamental como necessidade imperativa de proporcionar às crianças e jovens os meios cognitivos e operacionais que atendam tanto às necessidades pessoais como às econômicas e sociais.
A partir de indicações de BEILLEROT (1985), podemos definir para o pedagogo duas esferas de ação educativa: escolar e extra-escolar. Verificamos, assim, uma ação pedagógica múltipla na sociedade, em que o pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal, criando formas de educação paralela, desfazendo praticamente todos os nós que separavam escola e sociedade. Portanto, a necessidade de formação geral se repõe, implicando reavaliação dos processos de aprendizagem, familiarização com os meios de comunicação e com a tecnologia, desenvolvimento de competências comunicativas, da capacidades criativa, para análise de situações novas , capacidade de pensar e agir com horizontes mais amplos. Estamos frente a exigências da formação de um novo educador
3. A Aprendizagem:
Para Libâneo a principal tarefa do professor é garantir a unidade didática entre ensino e aprendizagem.
O professor além de educador é transmissor de conhecimento, atuando como mediador, auxiliando o estudante na busca do conhecimento, para que esse aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo, e não mais receba passivamente as informações como se fosse um deposito do educador. Para construir a aprendizagem o professor precisa assumir o ensino com mediação; adotar práticas interdisciplinares; conhecer estratégias de ensinar a pensar e ensinar a aprender; mediar os alunos a buscarem uma perspectiva critica dos conteúdos.
Santomé (1998) esclarece que no trabalho interdisciplinar, os alunos trabalham com a possibilidade de transferir conhecimentos, aprendizagens, desenvolvem a capacidade de analisar e resolver novos problemas enfrentados no contexto da sala de aula.
A relação ensino aprendizagem não é mecânica, é uma relação recíproca na qual se destacam o papel dirigente do professor e a atividade do aluno. Cavalcanti Neto (2009, p.276) ressalva que não basta o professor dar aulas é preciso estar atento á situação individual de cada aluno. É preciso tirar a limpo, todos os dias, se seus alunos estão aprendendo. A função do professor é cuidar da aprendizagem do aluno, com dedicação e persistência, quando um professor é pesquisador, consegue que seu aluno tenha uma aprendizagem significativa de maneira autônoma e criativa.
4 - Biografia:

José Carlos Libâneo é doutor em Filosofia e História de Educação pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Nasceu em Angatuba, cidade do interior do estado de São Paulo, Estado de São Paulo no ano de 1945. Graduou-se em Filosofia também na PUC-SP. Na capital paulista, foi diretor de uma escola pública experimental, colaborou em projetos da Secretaria Estadual da Educação e lecionou em instituições do ensino superior. Em Goiânia, desde 1973, fundou e dirigiu o Centro de Treinamento e Formação de Professores, da Secretaria da Educação. Foi professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, onde se aposentou como Titular. Nessa Faculdade, coordenou por quatro anos o curso de mestrado em Educação. Atualmente é docente na Universidade Católica de Goiás. Publicou quatro livros: Didática S. Paulo, Cortez Editora, 1991; Adeus Professor, Adeus Professora? - Novas exigências educacionais e profissão docente. S. Paulo, Cortez Editora, 1989; Democratização da escola públicaa pedagogia crítico-social dos conteúdos. S. Paulo, Cortex Editora, 1985;Pedagogia e Pedagogos, Para Quê? S. Paulo, Cortez Editora, 1988, e escreveu sete capítulos de livros em co-autoria. Pesquisa e publica artigos em revistas especializadas sobre tema de Teoria da Educação, Didática e Organização Escolar.

5. Referências Bibliográficas:
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, Para quê? S. Paulo, Cortez Editora, 1988, 12ªEdição.
BRASIL. Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia. Brasília: MEC, 2005.
Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Coleção Leitura. 9 (Paulo Freire)
Equipe:
Equipe: Adriana Lobo da Cruz
Edileide Pereira Ramos
Ivana Souza Costa
Jaqueline Nunes
Leila Barreto

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