sábado, 1 de dezembro de 2012

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - TEXTO DISSERTATIVO -CRÍTICO- RELEXIVO DE PAULO FREIRE



Resumo

O atual artigo propõe a análise sobre a importância de saberes à prática educativa guiada por Paulo Freire, que tem por objetivo nos transmitir o conhecimento coerente de como a escola precisa ser para acolher seus integrantes, ajudando-os a desenvolver o pensamento crítico, a buscar uma autonomia num olhar diferente, que nos permita enxergar que ensinar e aprender são práticas que devem caminhar lado a lado, e a aprendizagem nunca se esgota, já que somos seres pensantes em busca incessantemente de novos saberes. Para a realização deste trabalho, utilizamos uma pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão da leitura do livro Pedagogia da Autonomia do autor Paulo Freire. De forma que nos impulsiona a uma reflexão consciente no que diz respeito à escola, o ensino e a aprendizagem. 

Palavra-chave
Escola, ensino e aprendizagem.    


A Escola pensada por Paulo Freire

O espaço escolar precisa ser um lugar onde educado e educadores possam refletir reconstruir seus saberes, para que, a partir daí possam gerar aprendizagens significativas, a escola é um ambiente socializado onde existem as relações entre as pessoas, onde se aprende a conversar, a interagir a participar, é um centro onde se aprende a aprender.
Paulo Freire expressa que a escola deve ser um lugar de fazeres, de ensino, de aprendizagem, um espaço em que o entendimento permita estar consecutivamente se superando, porque a escola é o espaço privilegiado para pensar. Conhecemos o papel que tem a escola para homens e mulheres, sabendo também, que não será ela a única responsável pelas modificações da sociedade, pois vem guiada muitas vezes para a manutenção das estruturas sociais e econômicas dominantes, que impedem a própria transformação. Ele também nos chama a atenção para a importância da escola criar possibilidades para que o educado reconheça a própria presença no mundo, como sujeito que fala, constata, compara, rompe, avalia, decide e transforma. Pensar numa escola, que atenda democraticamente a educação brasileira, respeitando os direitos tanto dos educados, quanto dos educadores, familiares para viver em sociedade.
Desta forma é preciso propor a desconstrução do que ele qualificou de educação bancária, onde o professor deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Para ele enquanto a escola se mantiver conservadora, terá sempre o aluno acomodado ao mundo existente, daí a necessidade de inquietá-los, com o objetivo de torná-los conscientes de sua própria situação de oprimidos e agir em favor da própria libertação, principalmente os mais desfavorecidos da sociedade.
Assim, ele introduz pedagogia da autonomia, explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser, do ser e do saber do educando, respeitando o conhecimento que o aluno traz para a escola, já que ele é um sujeito social e histórico, que também faz e refaz a história, por isso justifica o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, por dominar conhecimentos que o educando ainda não domina, e sim o ver como aluno participante do mesmo processo da construção da aprendizagem. Para o educador é absolutamente necessário que ele seja rigoroso e culto e por si próprio, desenvolva o espírito de pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber de forma crítica e não ingênua, com questionamentos e, que assim, orienta seus educandos a seguir esta mesma linha de pensamento no modo de estudar e entender o mundo, relacionando seus conhecimentos aprendidos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social.
Deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas do aluno, quando diz que “não há docência sem discência” (p.23), e muito menos “ensino sem pesquisa, nem pesquisa sem ensino” (p.23). Pensar adequado para Freire, é tornar-se belo na maneira de estar no mundo, é ter a capacidade de intervir neste, de conhecer o mundo como seres históricos. O educador precisa estar disposto a dedicar parte de sua aula para propor ao aluno a liberdade de se expressar, e debater, como também precisa saber ouvir e dialogar com ele e compreender o seu querer (o do aluno), para tanto, precisa gostar do trabalho e do educando e a esta fórmula misteriosa é dado o nome de vocação, ou seja, o amor pela profissão, e ela não terá eficácia se não tiver a conscientização, testemunho de vida, intervenções nas mudanças reais na sociedade, seja ela no campo da economia, nas relações humanas, na propriedade do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde(...) (p.123), ocorridas não só em nosso país como também em outros da América Latina.
É grande a responsabilidade do professor ao ensinar, que deve ser dotado de ética, aderir uma postura de reflexão crítica entre a relação teórica/ prática, garantindo assim o sentido da importância de cada uma. Ensinar se torna um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos crescem como seres humanos, trocando suas experiências, onde é importante se fazer a diferença num sistema sócio-econômico-político, que certamente, as vezes são tão opressoras e cruéis com aqueles que não dispõem de meios financeiros para obter cultura e informação.
Por fim, nos traz a certeza de que ensinar vale a pena, e entender que a escola não é só prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos, estudar, trabalhar e nem é como uma ilha cercada de gente por todos os lados, se esses não se completam e não compartilham seus saberes, se não compreendem a importância existente em cada um. Escola é também criar laços de amizades, é criar um ambiente propício à convivência onde todos se sintam como gente e se apaixonem por ela. Assim para o diretor, o coordenador, o professor e o aluno, será mais fácil trabalhar, estudar, educar-se, crescer, fazer amigos enfim ser feliz.  

O Ensino pensado por Paulo Freire
O ensinar e o aprender caminham juntos. Mais do que ensinar conteúdos, ser ensinante está atrelado a abrir caminhos. Não se transmite conhecimento, mas, sim, sinais deste, para que o outro possa fazer uso dele e transformá-lo de forma subjetiva.
O desejo e as vontades atuam como diferenciais no processo, autorizando e fazendo uso de diferentes ferramentas oferecidas para que se tornem instrumentos na construção do conhecimento e se alcance o objetivo final.
O orientador sensível instiga, preserva a autonomia e a liberdade responsável e propicia, assim, o diferencial no processo, isto é, a alegria da descoberta e a autoria do próprio conhecimento, trazendo as garantias para o verdadeiro aprender.
Segundo Paulo Freire “ensinar não é transferir conhecimento” (p.47). O autor defende a ideia que o professor não deve transferir o seu conhecimento como um dono das verdades absolutas e inquestionáveis, mas ajudar esse educando a desenvolver esse seu pensamento; em seguida diz que o conhecimento é inacabado, pois os educadores são eternos aprendizes e aquele sujeito que está sempre em busca de novos conhecimentos, por isso seu conhecimento está sempre inacabado; diz ainda que o professor deve ter consciência que o ser humano é um ser condicionado, preso a uma história, uma cultura e a um tempo, por isso pode se dizer que o pensamento, vai sendo desenvolvido ao longo do tempo, e ter consciência que os educandos também estão presos a suas realidades, é necessário que eles reflitam sobre sua própria existência; Paulo Freire diz que deve se respeitar o tempo do educando, pois cada um tem o seu tempo de aprendizagem, e cada um tem o seu momento e hora certa para se encaminharem na vida; o autor diz que o professor deve ter um bom senso para desenvolver sua atividade em sala de aula de acordo com o tempo de seus alunos; é importante que todos os professores tenham a consciência de sua classe, e devem sempre estar sensíveis as reivindicações de  seus colegas por melhores condições de trabalho; é importante que o professor tenha consciência da realidade em que está trabalhando para que o mesmo possa desenvolver uma boa atividade de acordo com o contexto atual..
Paulo Freire ainda afirma que, “ensinar é uma especificidade humana” (p.89), ou seja, o  professor deve aprender com o dia-a-dia juntamente com os estudantes, e deve está sempre aberto para as apreciações dos alunos sobre sua atividade em sala de aula, lembrando sempre ao professor que a educação é uma forma de intervenção no mundo.
Freire ainda afirma que “ensinar exige uma tomada de consciência de suas decisões” (p.106), que o professor é o primeiro responsável por estas. É de suma importância que o professor em sala de aula deva saber escutar para poder aprofundar a arte da docência. E chama atenção do professor para que ele não seja ingênuo, e tomar consciência que a educação é uma ideologia, nesse ponto apresenta sua influência marxista no texto. Lembra que ensinar exige disponibilidade para todas as questões dos estudantes e estão sempre à disposição em responder as suas inquietações, e com isso aberto ao dialogo com os discentes.
O Aprendizado na visão de Paulo Freire

O professor Precisa ser pesquisador que busque na pesquisa reflexões e questionamentos que permeiam a ação pedagógica. Faz-se necessário portanto,  criar situações de aprendizagem que promovam a aprendizagem com autonomia, recriação, motivando os educandos a elaborações próprias, assumindo o papel de protagonistas, sujeitos do processo educativo.
Para Freire a aprendizagem se dá quando escola, família, educando e educador, buscam uma relação de harmonia, cumplicidade, integração e participação. Onde todos os envolvidos no processo de educar conseguem colocar em prática os pilares da educação de aprender a ser, fazer, conhecer e conviver. Assim, todos ganham e a aprendizagem acontece de forma significativa e prazerosa para todos os envolvidos nesse processo.
O professor tem um papel de fundamental importância na aprendizagem evida do educando e na escola. “Não posso ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem revelar com facilidade ou relutância minha maneira de ser, de pensar politicamente. Não posso escapar da apreciação dos alunos. E a maneira como elesme percebem tem importância capital para o meu desenpenho.” (p. 94), ele precisa perceber que é, sem dúvida, pessoa marcante na vida daqueles com quem lida no seu dia-a-dia. Deverá saber que ele é um fazedor de amanhãs e acreditar que é um eterno aprendiz, lutando sempre, pesquisando para aprender mais e, por este caminho, ensinar melhor.
Uma aprendizagem com legitimidade permite ao individuo garantir a existência de sua própria identidade, e para que o educando alcance essa identidade o educador precisa assumir uma autoridade coerentemente democrática, assim conquistará o respeito, não só na sala de aula mas na vida cotidiana de cada aluno, pois esse carregará esta aprendizagem ao longo de sua vida.
O comprometimento com o aluno instiga o professor a se auto-avaliar quanto á sua competência, pois é preciso está seguro de si, para não passar uma visão negativa, porém não deve negar como ser, que vive em condição humana e por isso precisa capacitar-se sempre, e passar segurança em qualquer espaço seja pedagógico ou não.
O professor que nega o aprendizado com liberdade e autoridade, nega também ao aluno a oportunidade de se tornar um cidadão de bem, o que é muito complexo essa realidade pois é preciso muita cautela ao usar essa prática, porque a liberdade e autoridade que falamos é a de que o aluno aprenda a ter  a liberdade de falar de seus conhecimentos, suas dúvidas, suas idéias entre outras experiências com autoridade da certeza trazida em si.
A importância de assumir uma tarefa política – pedagógica, reflete no professor uma posição democrática na luta pelo respeito às diferenças demostrar a realidade vivida na escola, assim como no mundo para tanto é preciso também saber escutar, pasar a vez para o outro, pois não somos os únicos donos do saber.
A globalização  nos instiga a uma aprendizagem de muito em tempo real, de espaço, diversificados, e ela nos impulsiona a sermos éticos, seres que fazem e refazem a História da humanidade, seres condicionados capazes de ultrapassar o próprio condicionamento. Portanto nos possibilita a aprendizagem da transformação do mundo, com a tecnologia e o progresso científico porém o devemos levar em conta que esses avanços devem priorizar o ser humano e não tão somente o mercado de lucro.
Com a prática de diálogo diminuo a distância entre eu e meus alunos, pois se luto pela mudança, seja radical ou não, preciso manter uma comunicação aberta e respeitosa, preciso gostar do que faço e provar que o que faço é por gostar daqueles por quem o faço. Enfim, o aprendizado só se torna rico e harmoniozo se os gostos se encontrarem.

EQUIPE:

1. Aleuda dos Santos
2. Elaine Emília Almeida dos Santos
3. Daise  Pereira  dos Santos Ribeiro
4. Fernanda Gomes Soares
5. Gabrielle Soares Jesus
6. Nara  Núbia Silva Pestana
 

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